quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Crítica: Hotel Transilvânia


Hotel Transilvânia


Hotel Transilvânia


Hotel Transilvânia

 Lançado em 5 de Outubro com 1 hora e 31 minutos de duração, o filme se passa em no Hotel Transilvânia que é um resort cinco estrelas que serve de refúgio para que os monstros possam descansar do árduo trabalho de perseguir e assustar os humanos. O local é comandado pelo Conde Drácula (Adam Sandler), que resolve convidar os amigos para comemorar, ao longo de um fim de semana, o 118º aniversário de sua filha Mavis (Selena Gomez). O que ele não esperava era que Jonathan (Adam Samberg), um humano sem noção, fosse aparecer no local justo quando o hotel está repleto de convidados e, ainda por cima, se apaixonasse por Mavis.
Embora tenhamos algumas boas piadas espalhadas pela trama (como os zumbis pedreiros e a bem-vinda tiração de sarro com Crepúsculo) e um bom uso do 3D (principalmente na cena das mesas voadoras), o roteiro não consegue ir além do arroz com feijão na relação pai-superprotetor x filha curiosa por conhecer o mundo. É uma situação conhecida, já bastante explorada nos cinemas e que não vai além do previsível na sua resolução.
Talvez seja a falta de personagens secundários mais carismáticos.
Hoje em dia os filmes de animação têm uma missão complicada: agradar baixinhos e altinhos. Durante anos, a Disney cumpriu esse papel e dominava absoluta. Aí veio a Pixar com Toy Story (1995), dividiu esse bolo e desde então outros estúdios tentam abocanhar uma fatia do segmento. Querendo tocar o terror na concorrência na corrida por essa expressiva audiência composta pelas famílias, a Sony Pictures mostra suas garras, dentes e outras coisitas mais com Hotel Transilvânia, um "lugar" construído para ser refúgio de monstros que morrem de medo dos humanos. Achou estranha essa introdução?
Picture - Movie: 186007 Era uma vez um vampirão famoso que perdeu sua esposa no passado, mas conseguiu manter a sua filhota sob sua guarda até o presente. Para comemorar os 118 anos dela, ele desenterra uma festinha bolorenta com a turma de sempre no tal castelo que virou hotel. Sem ser convidado, um jovem mochileiro pinta no pedaço crente que estava numa festa a fantasia e, sem mais nem menos, rola uma senhora atração entre ele e a "moça". Mas o pai da morceguinha não aceita o interesse dela por humanos, ainda mais um que "leva" o mundo nas costas, e aí começa a aventura.
 O Frankenstein não faz nada além de ficar se desmontando. O Lobisomem passa o tempo todo tentando controlar sua matilha. A múmia nada faz. E o Homem Invisível é "irrisível". Em nada ajudam também a tradução e a dublagem, que optam por dar aos personagens sotaques regionais brasileiros. É mais entristecedor do que engraçado ver o Lobisomem forçando um sotaque paulistano, a Múmia carregando no "carioquês" e um gremlin sair falando "uai", sem jamais ter comido um queijo-minas na vida.
Serve de alento o fato do filme ter estreado bem nos Estados Unidos - fez 42 milhões no seu fim de semana de estreia, o que pode levar Tartakovsky a novos projetos no cinema, que esperamos sejam mais autorais e no nível de suas criações para a telinha.

PS: Acredito que o filme seja muito interessante para crianças, principalmente pela lição de conviver, entender e aceitar o diferente. Vale a pena.

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