Lançado em 5 de Outubro com 1 hora e 31 minutos de duração, o filme se passa em no Hotel Transilvânia que é um resort cinco estrelas que serve de refúgio
para que os monstros possam descansar do árduo trabalho de perseguir e
assustar os humanos. O local é comandado pelo Conde Drácula (Adam
Sandler), que resolve convidar os amigos para comemorar, ao longo de um
fim de semana, o 118º aniversário de sua filha Mavis (Selena Gomez). O
que ele não esperava era que Jonathan (Adam Samberg), um humano sem
noção, fosse aparecer no local justo quando o hotel está repleto de
convidados e, ainda por cima, se apaixonasse por Mavis.
Embora tenhamos algumas boas piadas espalhadas pela trama (como os zumbis pedreiros e a bem-vinda tiração de sarro com Crepúsculo)
e um bom uso do 3D (principalmente na cena das mesas voadoras), o
roteiro não consegue ir além do arroz com feijão na relação
pai-superprotetor x filha curiosa por conhecer o mundo. É uma situação
conhecida, já bastante explorada nos cinemas e que não vai além do
previsível na sua resolução.
Talvez seja a falta de personagens secundários mais carismáticos.
Hoje em dia os filmes de animação têm uma missão complicada: agradar baixinhos e
altinhos. Durante anos, a Disney cumpriu esse papel e dominava absoluta.
Aí veio a Pixar com Toy Story
(1995), dividiu esse bolo e desde então outros estúdios tentam
abocanhar uma fatia do segmento. Querendo tocar o terror na concorrência
na corrida por essa expressiva audiência composta pelas famílias, a
Sony Pictures mostra suas garras, dentes e outras coisitas mais com Hotel Transilvânia, um "lugar" construído para ser refúgio de monstros que morrem de medo dos humanos. Achou estranha essa introdução?
Era uma vez um vampirão famoso que perdeu sua esposa no passado, mas
conseguiu manter a sua filhota sob sua guarda até o presente. Para
comemorar os 118 anos dela, ele desenterra uma festinha bolorenta com a
turma de sempre no tal castelo que virou hotel. Sem ser convidado, um
jovem mochileiro pinta no pedaço crente que estava numa festa a fantasia
e, sem mais nem menos, rola uma senhora atração entre ele e a "moça".
Mas o pai da morceguinha não aceita o interesse dela por humanos, ainda
mais um que "leva" o mundo nas costas, e aí começa a aventura.
O Frankenstein não faz nada além de ficar se desmontando. O Lobisomem
passa o tempo todo tentando controlar sua matilha. A múmia nada faz. E o
Homem Invisível é "irrisível". Em nada ajudam também a tradução e a
dublagem, que optam por dar aos personagens sotaques regionais
brasileiros. É mais entristecedor do que engraçado ver o Lobisomem
forçando um sotaque paulistano, a Múmia carregando no "carioquês" e um
gremlin sair falando "uai", sem jamais ter comido um queijo-minas na
vida.
Serve de alento o fato do filme ter estreado bem nos Estados Unidos -
fez 42 milhões no seu fim de semana de estreia, o que pode levar
Tartakovsky a novos projetos no cinema, que esperamos sejam mais
autorais e no nível de suas criações para a telinha.
PS: Acredito que o filme seja muito interessante para crianças,
principalmente pela lição de conviver, entender e aceitar o diferente.
Vale a pena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário